quarta-feira, 15 de julho de 2009

como ser subtil sem subtilmente o ser em dez passos

O "post" de hoje é interessante.
Basta seguir todos os passos seguintes para ver resultados inéditos. Vai valer a pena!

1- direccionar os indicadores para os cantos extremos dos olhos, o indicador direito para o olho direito, o indicador esquerdo para o olho esquerdo;
2- tocar com os indicadores nos devidos locais de pele indicados no ponto 1;
3- esticar os polegares até aos cantos extremos da boca, o polegar esquerdo o canto esquerdo, o polegar direito no canto direito;
4- tocar com os polegares na pele do local indicado no ponto 3;
5- esticar a pele dos locais indicados em 1 e em 3;
6- ao mesmo tempo de tudo isto, por a língua de fora;
7- ...um chinês com problemas!
8- não fazer isto a outras pessoas, já que não quero ser parte do grupo das pessoas que incentivaram desmedidamente o contagio da "gri PÁ";
9- não esticar demasiado a pele;
10- valeu a pena não valeu?


Retirado de: "como ser estúpido em dez passos", que por sua vez foi retirado de: "como pintar a óleo em dez passos", que por sua vez foi retirado de: "como pintar óleo e acrílico em dez passos", que por sua vez foi retirado de "tudo o que se faz em dez passos e me está a irritar".
Estou acordada há demasiadas horas... 
A Ivete Sangalo teve um acidente...
Estou oficialmente de férias...
Eu sou "finalista" de uma licenciatura...
Vou oficialmente embora...
Estou oficialmente "f*dida"...

(agora uma adivinha:  quem é que poderia fazer disto um poema... resposta certa: Xutos e Pontapés)

Cumps. Mafalda

domingo, 12 de julho de 2009

domingo, praia, chuva, gente, merendas com a familia, credo!

Mais um desgosto amoroso, mais um dia de praia chuvoso, mais um dia na contagem decrescente antes de ir para o país do chocolate, das vacas roxas, dos Alpes, das miúdas que nunca percebi se será a pornografia de lá ou se serão as pessoas que efectivamente se vestem assim no meio das montanhas... hum... estou a falar das garotas dos totós estranhos, dos vestidos ao xadrez minimizados, do avental que ajuda à festa e das bilhas de leite como quem diz: "Eu vou mesmo tirar leite!... Não, não! Vou mesmo! E vou e venho várias vezes ao dia!" . A parte do desgosto amoroso, vá, não é assim tão relevante, eles vão e voltam, vão e voltam, vão e depois acho que não voltam, mas tanta viagem de ida/volta acaba por ser mais fácil a ida de vez. O dia chuvoso de praia é que já mexe aqui um bocadinho mais, arre! Já não basta ir para um país frio, ainda tenho aqui um país tropical, que não é tropical, (e vê-se bem à "rasquinha" para ser mesmo até a parte do país... alias mesmo à "rasquinha" até para ser alguma coisa que seja...) a traçar-me uma rota de Verão que consiste em ir para a praia com um guarda-sol para protecção não do sol!... mas da chuva!

Tirando a revolta parva que existe só e apenas basicamente porque é Domingo e o Domingo, como já vem a ser desenhado desde que me conheço, é um dia, bom, semana toda a trabalhar, Sábado - copos, Domingo - dormir até às 5 da tarde, Domingo - nunca mais passa, domingo - o que fazer quando está tudo fechado?, Domingo - haja paciência (que faz lembrar aquele jogador do F.C.P., há uns anos, o Domingos Paciência (uma mãe revoltada, só mostra que isto não é de agora)).
Onde é que eu ia?
Ah!
EU FALO COM A TELEVISÃO! Eu falo com os apresentadores da televisão, revolto-me com as Telenovelas da TVI, faço um "check" na maquiagem das jornalistas, e rezo para que isto dê uma volta de 180 graus, tirei a televisão do quarto, mas mesmo assim às vezes, dou uma espreitadela ali no quarto ao lado da minha parceira de casa, que confessa que vai ter saudades minhas agora que me vou embora, mas e eu agora pergunto como uma pessoa forte assim que sou... tens mesmo a certeza que vais ter saudades de ter uma louca no teu quarto a falar para a TUA televisão? De ver alguém a comer cereais com café com leite para não ter que estar a fazer tudo separado? Que tem dias que anda nua por casa? Que dança o "mexe o tutu" de uma forma que digamos, "bem gira até! ;)"? Hein? Que acha que ouve coisas? Hein? De quem canta mal como, não sei bem? Hum? Hã? Visto assim... não vai ser difícil. Fizeram-me uma festa surpresa, as amigas aqui de casa, não são colegas, não é miudagem com bilhete de ida e volta... são daquelas que vieram para ficar. Obrigada. Espero que as minhas lágrimas e o sorriso esbugalhado de orelha a orelha, tenham falado pelas palavras que não disse. Não consegui. Fiquei sem elas. Obrigada. E antes que me perca no meio de sentimentalismos, (que só passam comigo com a cabeça de fora do carro, de lingua de fora, tipo cão) gostava de dizer que o senhor Paulo Portas fala bem melhor que eu. (Aparvalhei... tinha de me safar disto...).

Cumps.
Mafalda

quinta-feira, 28 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

"rita" está na modinha...

Não vou fazer mais directas para pessoas com problemas pessoais.
Vou mudar de nome.

Cumps.
Mafalda.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

acontece... mas...

Hoje, fui multada. Fiquei triste por não ser por excesso de beleza. Fiquei parva por não perdoarem o simples facto de se tratar da utilização dos máximos. Podia estar alcoolizada, visto que não soprei ao balão, podia estar drogada, porque ninguém me perguntou nada. Dei por mim, e estava eu ali, com dez polícias e 5 catraios encostados a parede com muito mau aspecto. Os polícias a tratarem tudo e todos como se fossem não sei bem o quê. E a verdade é que já não sabia bem, quem eram os bons e quem eram os maus. Hoje larguei a fantasia para dizer que fui multada não por estar nesse mundo, mas por estar deste lado. É lei e tem de ser cumprida, mas tal como me trataram "eu arguida", tenho a dizer, corruptos.

(um dia destes, voltamos à fase, em que fecham blogues, e o da catraia parva aqui, era dos primeiros)

Cumprimentos,
Rita

sexta-feira, 1 de maio de 2009

as cartas são fáceis quando têm destinatário

Hoje, acordei e senti-me estúpida, muito estúpida, mas estúpida, sério sério.
Estava num sítio onde costumo estar todos os dias, estava ali e não queria estar ali. Deixei de estar e em fragmentos de micro-segundos estava onde ninguém me podia alcançar, sentia as gotas caírem-me, pingarem-me das sobrancelhas, nas pestanas, a minha boca e os meus grandes beiços tinham-se tornado um objecto de sensualidade e transbordava de prazer visual. Era a sensualidade que me ligava à realidade, entretanto, do outro lado de mim, caminhava sobre os dedos "mindinhos" dos pés. As mãos tocavam num nevoeiro cerrado onde a luz ao tentar libertar-se ficava em manchas que pintavam um fundo clássico. A folha do meu dia virou, o fundo ficou rugoso, lixei-o, ficou como algodão doce, como um trampolim de algodão doce, saltei bem alto e não voltei mais. Não sei onde estou, mas estou estúpida... Outra vez.

sábado, 18 de abril de 2009

"a composição de uma tragédia requer tomates"

"Para o sapo o ideal de beleza é a sapa"

"Uma colecção de pensamentos deve ser uma farmácia moral onde se encontrem remédios para todos os males"

"O excesso de prazer não é prazer"

"Sem verdadeiras necessidades não há verdadeiros prazeres"

"Todo o homem é culpado por todo o bem que não fez"

"A COMPOSIÇÃO DE UMA TRAGÉDIA REQUER TOMATES"


Voltaire


E por falar em Composição, vou voltar ao QCad, às linhas, à geometria, por assim dizer, ao trabalho.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

*

sombras ou ruas sem sentido

Pousei a caneta no tabuleiro da mesa, fiquei a olhar, para a caneta com certeza.
Tirei a dita do tabuleiro. Segurei nela como numa espada.
Enterrei-a dentro da chávena de café, ainda quente. Bebi-o todo de uma só vez há trinta segundos ou meio minuto. Tirei-a da chávena. Escondi-a no bolso. Mas ela estava lá, ela estava ali, ela estava aqui no fundo bolso direito com grãozinhos de areia no canto esquerdo. Tirei-a do bolso. Pus-me a observa-la. Rodopiei-a. Disse-me baixinho que não queria mais ser café, nem brincar as escondidas. Era algo (às vezes pergunto-me, como é que o feminino de tal palavra, pode ser uma anti celulítico, como é que o masculino e o feminino de "algo" podem chegar a pontos tão distintos de caracterização...) sério. Agora era uma bailarina. O tabuleiro era o palco, os grãos de açucar as senhoras (uma delas era a mãe da bailarina) que assistiam ao bailado. As borras do café eram os senhores, uma dessas marcas deixadas na chávena era o pai da bailarina que a via escondido entre as outras manchas. Peguei na caneta, e ela deixou parte de si.
Aqui.


Rita

sábado, 11 de abril de 2009

um conto infantil para adultos

Fumo o meu último cigarro do dia, no sótão. Estranho sitio este. Chão xadrez, tecto de madeira, colunas, “contra-colunas”, há uma porta que nunca abro. Não tem luz, a escuridão tomou conta daquele compartimento, o negro trouxe os seus sons adjacentes e agora não vou lá. Há uma boneca com um balouço às riscas que balouça assustadoramente a cada piscar de olhos. Sentei-me. Sentei-me na varanda ao lado da cadeira de palha, no chão. A leve brisa que corre de um lado para o outro parece querer parar, mas não consegue. Leva e traz-me a franja a dar uma voltinha pela noite. (Esqueci-me que fumei o último cigarro há dois minutos.) A brisa trouxe a cinza de volta certeira na pestana direita, comecei a ver a um elevador no meio do distinto nada florestal que me rodeava agora. Já de olhos fechados, o que me ligava ao sótão era a brisa, só ela me podia trazer novamente. Apanhei o elevador para o 300º andar do edifício quando saí tinha o andar dos chuveiros. Verdade. O andar dos chuveiros. Por aí uns 500 chuveiros suspensos em nada. Andei por entre cerca de 50 chuveiros, parei por entre o 51º chuveiro e o 52º chuveiro. Ouvi um tic tac (toe) desordenado por entre o barulho infernal de uma cascata que abrangia talvez o perímetro de 100 T2, daqueles da zona da marina do Freixo. Encontrei o soldadinho de chumbo
- Hey!
Disse eu, acho que por essa altura estava a pensar na vizinha da Campos e se não é da Campos, é a vizinha de alguém, bom, o que é certo é que a senhora se vestia de gala para ver televisão por não saber quem é que poderia estar do outro lado do ecrã a observar. E por tanto pensei eu, “se eu vi o soldadinho de chumbo assim porque é que ele não me viu enquanto o imaginei?”
- Hey? Mas eu conheço d’onde pá?
Tinha acabado de por a minha teoria por águas de bacalhau abaixo e o soldadinho de chumbo não era homem para mim, nem muito menos para uma aventura no 300º andar, o andar dos chuveiros.
O cavaleiro negro da “composição” do sétimo ano também lá estava.

(Quando lá voltar, continuo. (Sete amêndoas podem destruir uma reputação facial, é melhor acabar com isto.) Estão a tocar a campainha. Acho que é o meu casaco que ficou lá fora.)

Rita

:)



Beirut - Elephant Gun