Hoje, acordei e senti-me estúpida, muito estúpida, mas estúpida, sério sério.
Estava num sítio onde costumo estar todos os dias, estava ali e não queria estar ali. Deixei de estar e em fragmentos de micro-segundos estava onde ninguém me podia alcançar, sentia as gotas caírem-me, pingarem-me das sobrancelhas, nas pestanas, a minha boca e os meus grandes beiços tinham-se tornado um objecto de sensualidade e transbordava de prazer visual. Era a sensualidade que me ligava à realidade, entretanto, do outro lado de mim, caminhava sobre os dedos "mindinhos" dos pés. As mãos tocavam num nevoeiro cerrado onde a luz ao tentar libertar-se ficava em manchas que pintavam um fundo clássico. A folha do meu dia virou, o fundo ficou rugoso, lixei-o, ficou como algodão doce, como um trampolim de algodão doce, saltei bem alto e não voltei mais. Não sei onde estou, mas estou estúpida... Outra vez.
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